Pato-real
Anseriformes
Anatidae
Nativa - Hemisfério Norte e nordeste de África
Residente-Invernante
Pouco Preocupante
Pato corpulento até 65cm de comprimento. Possui dimorfismo sexual bem acentuado: os machos possuem cabeça verde-garrafa característica, com um anel branco e peito castanho, bico amarelo, corpo predominantemente cinzento-prateado com algumas penas das asas azul-escuras, cauda branca e uropígio preto com duas penas encaracoladas para cima; as fêmeas, os machos não reprodutores e os juvenis são acastanhados. As fêmeas possuem o bico cinzento-acastanhado e confundem-se com as fêmeas de outras espécies de patos. Os ovos são de côr creme.
Os patos-reais são gregários, vivendo em bandos. Nas áreas de invernada podem atingir largas centenas ou mesmo milhares de indivíduos. Têm uma alimentação bastante variável e oportunista, desde plantas aquáticas, sementes e pequenos animais como o lagostim-vermelho, anfíbios, pequenos peixes e artrópodes. É comum os indivíduos jovens reproduzirem, mas a mortalidade das crias é muito maior do que em indivíduos mais velhos. Após o acasalamento, os machos abandonam as fêmeas e formam bandos pequenos de machos, migrando para zonas mais quentes onde aguardam até à época de reprodução seguinte. Nestas zonas fazem a mudança das penas, que pode durar até 1 mês e durante esse período não voam. As fêmeas fazem uma postura por ano com várias crias. Os ninhos são feitos no chão perto de fontes de água e é nesta zona que fazem a mudança das penas. Quando as crias já têm idade suficiente, as fêmeas conduzem-nas até à água e não voltam ao ninho.
Habitam lagoas costeiras, barragens, açudes, valas de rega, ribeiras, rios, pauis, arrozais, ETAR’s, parques urbanos, lagos, terrenos inundados, aquaculturas extensivas, valas de drenagem, etc., preferindo essencialmente zonas de águas pouco profundas.
O pato-real é a espécie de pato mais comum em Portugal e pode ser avistado de norte a sul do continente. No resto do mundo pode ser encontrado na América do Norte, Europa, Ásia e norte de África, tendo sido introduzido em várias outras partes do mundo.
Na Primavera e no Verão é comum ver estes patos no campus da FCT, onde por vezes criam, geralmente nos tanques do Edifício Departamental. Após a época de criação, tanto as crias como os adultos abandonam o campus.