Larus michahellis

Larus michahellis Naumann, 1840

Nome Comum

Gaivota-argêntea

Ordem

Charadriiformes

Família

Laridae

Origem

Nativa - Europa e noroeste de África

Ocorrência

Residente

Estatuto de Conservação (LVVP)

Pouco Preocupante

Descrição Expedita

Ave de grande porte, com cerca de 60cm de comprimento. A cabeça, o pescoço e o ventre são brancos. O dorso e as asas são prateados, tendo as asas manchas brancas e as pontas pretas. Os olhos possuem um anel vermelho à sua volta e o bico é amarelo com uma mancha vermelha. As patas são amarelas. Os juvenis são acastanhados e facilmente confundíveis com os juvenis de outras espécies de gaivotas.

Biologia / Ecologia

Espécie gregária, as colónias podem atingir milhares de casais. Não obstante, estes defendem activamente territórios dentro das colónias, atacando ferozmente quem se aproximar dos ninhos, incluíndo pessoas. De grande plasticidade adaptativa e competitiva, possuem uma elevada taxa de reprodução, com duas a três posturas anuais e são oportunistas, alimentando-se de peixes, crustáceos, aves jovens, ovos, insectos, resíduos e restos de animais mortos, fazendo com que rapidamente atinjam grandes proporções populacionais. Para além disso não têm predadores naturais, podendo rapidamente tornar-se pragas. Os ninhos são construídos no solo ou em falésias e, em cidades, nos telhados das casas e prédios, recorrendo a ervas, líquenes, palhas e desperdícios. 

Habitat

Zonas costeiras e estuarinas, lagos, rios e zonas urbanas. Alimentam-se em praias, portos pesqueiros, aterros sanitários, lixeiras e mesmo em cidades.

Distribuição Portugal / Mundo

Distribui-se em Portugal pelo litoral continental, e pode ser encontrada também no resto da Europa, Mar Mediterrâneo, norte de África, Médio Oriente e oeste do Mar Negro.

Sabia que...

É a espécie de gaivota mais comum no litoral, dando lugar à gaivota-d'asa-escura (Larus fuscus) no interior, com a qual se confunde. A elevada taxa de reprodução desta espécie levou a que, no Arquipélago das Berlengas, o seu número aumentasse 440% em 11 anos. Este aumento populacional teve consequências negativas neste ecossistema e nas espécies que ali habitam. Desta forma foi necessário intervir de forma a reduzir a população de gaivota-argêntea.